terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gralheira

Elevada nos píncaros da serra
Desponta na escarpa derradeira
Onde começa o Céu e acaba a Terra
E se afia o cume da cordilheira

Erguida sob a égide dos ventos
Ostenta agreste nome por pendão
De rosto envelhecido pelos tempos
De antigas memórias bastião

Senhora das encostas pioneira
Germinas entre fragas e penedos
Onde não vinga pomar ou videira

És rainha dos montes altaneira
Senhoreias fontes e arvoredos
Ímpar e imutável… és Gralheira

Vítor Silvestre

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